SOMOS
APENAS UM
No
século XXI, muito se tem falado e feito com o objetivo de promover a inserção
social de pessoas com deficiência na vida política, econômica e social. Embora tenha
ocorrido profundos avanços neste sentido, ainda é grande o preconceito, que
dificulta a inclusão, sobretudo no mercado de trabalho, mesmo existindo leis
que vão contra a desigualdade.
O
princípio de igualdade de direitos significa que todo cidadão tem idêntica
importância e vários recursos devem ser empregados para garantir as mesmas
oportunidades a cada indivíduo, segundo suas especificidades. Apesar de nem
sempre esta ser a realidade, constituíram-se organizações de pessoas com
deficiência, que, juntamente com seus familiares e defensores, exigiram
melhores condições para suas vidas.
Um
número cada vez maior de crianças deficientes vão à escola, jovens ingressam na
universidade, adultos se integram no mercado de trabalho e atletas vencem o
preconceito. Enfim, são pessoas que mesmo possuindo alguma limitação
intelectual ou múltipla, superam os inúmeros obstáculos que lhes são impostos,
participam ativamente na sociedade e passam a ter sua cidadania respeitada.
Neste
sentido, a APAE (Associação de Pais e Amigos Excepcionais) exerce um trabalho
fundamental, pois promove o desenvolvimento das potencialidades de cada ser,
contribui para o progresso do aluno, fornece o serviço de assistência social e
conta com uma equipe multiprofissional, capacitada para suprir as necessidades
físicas e psicológicas essenciais para a vida das pessoas “ditas especiais”.
Felizmente, a consciência de inclusão das pessoas com deficiência mudou
e passou a ser uma questão de ética, cidadania e redução da desigualdade
social. Porém, para que esse processo se efetive plenamente, é indispensável a
superação de barreiras e preconceitos arraigados ao longo de vários anos, tendo
como base o princípio do amor, justiça e caridade no êxito de uma humanidade igualitária.
Portanto, é imprescindível que o Estado adote medidas para eliminar
obstáculos à participação no meio físico, para que a inclusão das pessoas com
deficiência seja uma ação concreta e não apenas ideológica. É preciso que os
pais e professores dialoguem sobre o tema com as crianças e adolescentes e
tenham atitudes que contribuam para amenizar qualquer tipo de discriminação,
constituindo assim, uma sociedade inclusiva, onde a limitação de uma pessoa não
restrinja seus direitos.